De fenômeno a dúvida: reeleição de Davi Brandão divide analistas políticos no Maranhão

O destino político do deputado estadual Davi Brandão (PSB) começa a ser pintado com matizes da incerteza.
Eleito com 67.392 votos em 2022 — e ostentando a maior votação da história de Bacabal para deputado estadual — Davi emergiu como um fenômeno. mas que agora vê o casulo de simpatias que o envolvia, apresentar sinais de deterioração.
Três episódios recentes são sinais de alerta: deixaram de dar apoio ao deputado a prefeita de Brejo de Areia – Geyse Costa; o prefeito de Lagoa Grande – Neres Policarpo e a ex-prefeito de Satubinha, Ducinha Maciel.
Para um deputado que depende fortemente da rede de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e lideranças locais para mobilizar voto, vencer a eleição sem esses apoios é uma tarefa hercúlea. E quando analistas observam essas deserções, não veem isso como mero “ajuste tático” — veem o nascimento de uma zona de risco eleitoral.
Se os aliados mais próximos começam a pisar para fora da lona, o efeito dominó político pode atingir outras regiões onde Davi teve penetração recente. E isso criará não apenas um vácuo de apoio, mas — pior — uma percepção de fragilidade política
Não é exagero afirmar que, neste momento, o cenário para Davi Brandão em 2026 caminha mais para o incerto que o seguro.
A campanha que se aproxima precisará mais do que propaganda: exigirá estratégia de território, articulação local e capacidade de conter novas deserções.
Ainda assim, não se pode cravar o epitáfio político de Davi Brandão. O deputado é jovem, tem mandato, presença de mídia e acesso às engrenagens do poder estadual — ingredientes que, se bem combinados, podem transformar fragilidade em narrativa de superação.
A política maranhense é fértil em reviravoltas,Davi pode estar vivendo apenas o intervalo entre dois atos: o da queda e o da reconstrução. Se terá fôlego para o segundo, saberemos adiante.
Mas esse é um capítulo que ainda está sendo escrito — e, quando chegar a hora, voltaremos a falar dele.
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