A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por cinco crimes ligados à tentativa de golpe de Estado após sua derrota eleitoral em 2022. A decisão foi selada com o quarto voto favorável à condenação, do ministro Cristiano Zanin, completando a maioria que engloba Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Apenas Luiz Fux votou pela absolvição total.

Do período da pena, Moraes votou para que 24 anos e 9 meses sejam de reclusão. Os outros 2 anos e seis meses de detenção, além de 124 dias-multa de dois salários mínimos.

Crimes pelos quais Bolsonaro foi condenado

Bolsonaro foi condenado pelos seguintes delitos:

Tentativa de golpe de Estado

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito 

Organização criminosa armada 

Dano qualificado contra o patrimônio público 

Deterioração de patrimônio tombado

Votos e quem compõe o colegiado

Cristiano Zanin deu o quarto voto favorável, definindo a condenação. 

Cármen Lúcia fez o voto decisivo – acompanhado de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. 

Luiz Fux foi o único que votou pela absolvição de Bolsonaro em todos os crimes. 

O colegiado é formado pelos cinco ministros da Primeira Turma do STF: Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Fux e Cristiano Zanin.

Repercussão política e internacional

Há forte polarização interna: apoiadores de Bolsonaro criticam o julgamento como perseguição política; opositores veem a decisão como reafirmação do papel das instituições democráticas. 

Internacionalmente, já surgiram reações. Notadamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou insatisfação, classificou o processo como uma "caça às bruxas" e adotou medidas de retaliação, entre elas tarifas e sanções.